As autoridades norte-americanas anunciaram nesta quinta-feira o fechamento de todos os processos relacionados ao vazamento de petróleo causado pelo navio petroleiro Exxon Valdez, encerrando uma batalha judicial de 25 anos sobre uma das piores catástrofes ambientais do século XX.

Quando o petroleiro norte-americano encalhou contra um banco de areia em março de 1989, cerca de 42 milhões de galões de óleo foram derramados ao longo da costa do Alasca.

As imagens das aves engolidas pelo óleo preto traumatizaram os americanos.

Estima-se que o impacto imediato do derramamento de óleo tenha matado 250.000 aves marinhas, 2.800 lontras marinhas, 300 focas, 250 aves de rapina e 22 orcas.

Mas houve também efeitos a longo prazo sobre a fauna e a flora. As consequências se mostraram mais graves do que o esperado especialmente entre as populações de orcas. E a indústria pesqueira de arenques, até então florescente, entrou em colapso em 1993.

As consequências penais para a Exxon e as várias apelações da empresa para recorrer das sentenças alimentou uma longa batalha judicial nos anos 1990 e 2000.

A gigante petroleira finalmente pagou centenas de milhões de dólares de indenizações e gastou milhões em operações de limpeza.

Após todos estes anos, “os cientistas concluíram que as espécies (que habitam a zona) não estão mais expostas a este petróleo”, informou em comunicado divulgado nesta quinta-feira o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

As populações de pato arlequim e lontras já voltaram ao mesmo nível registrado antes da maré negra, acrescentou o texto, motivo pelo qual as autoridades decidiram interromper suas ações contra a Exxon.