22/11/2020 - 11:29
Estados Unidos espera começar um programa de vacinação contra a covid-19 no início de dezembro, disse o chefe do grupo que lidera os esforços para enfrentar a pandemia no governo.
“Nosso plano é poder enviar as vacinas aos locais de vacinação dentro das 24 horas posteriores à aprovação” pela Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA), disse Moncef Slaoui à CNN.
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“Assim, espero que talvez no segundo dia da aprovação, em 11 ou 12 de dezembro”.
Segundo os relatórios, os assessores da FDA se reunirão de 8 a 10 de dezembro para discutir a aprovação das vacinas que, de acordo com Pfizer e Moderna, têm pelo menos 95% de eficácia.
O alto funcionário também disse que espera que, assim que lançada a campanha de vacinação em massa, o país possa alcançar a “imunidade coletiva” em maio.
“Normalmente, com o nível de eficácia que temos (95%), imunizar aproximadamente 70% da população geraria uma verdadeira imunidade coletiva. Provavelmente acontecerá em maio, ou perto disso, dependendo de nossos planos”, disse.
“Realmente espero que o nível de percepção negativa da vacina diminua e a aceitação aumente por parte das pessoas. Isso será fundamental para nos ajudar”, insistiu, referindo-se à desconfiança de muitos sobre a vacina.
A solicitação era esperada há vários dias, após a divulgação dos resultados do ensaio clínico realizado desde julho entre 44.000 voluntários em vários países e segundo o qual a vacina teria uma eficácia de 95% contra a covid-19, sem efeitos colaterais graves.
A agência americana anunciou que em 10 de dezembro realizará uma reunião pública de seu comitê assessor de vacinas para considerar o pedido.
A opinião deste comitê é consultiva. A decisão de autorizar ou não a vacina dependerá dos cientistas da FDA e pode ser tomada já na primeira quinzena de dezembro.
O governo de Donald Trump planeja vacinar 20 milhões de pessoas em risco em dezembro, depois 25 a 30 milhões por mês.
Estados Unidos é o país mais afetado pelo vírus em termos absolutos, ultrapassando os 12 milhões de casos e mais de 255.000 mortes.