Os dirigentes do banco central americano, o Federal Reserve (Fed), preocupam-se com “eventuais repercussões” da crise europeia na economia americana, segundo as atas da última reunião sobre política monetária do BC, publicadas nesta terça-feira.

Entre as ameaças que afetariam a reativação, os governadores do Fed citam “eventuais repercussões econômicas e financeiras, caso os problemas relacionados com os bancos e com a dívida dos Estados da Europa piorarem”, indicam as atas da reunião do Comitê de Política Monetária do Fed de 14 de dezembro.

Vários governadores do Fed ressaltaram na reunião que “as tensões nos mercados se intensificaram na Europa (…) a ponto de tornar necessário um programa de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional à Irlanda” e que “a atenção dos mercados se orientou claramente em direção a outros países europeus, depois que o pacote foi anunciado”.

As atas dão conta, no entanto, que “as autoridades europeias estão tomando medidas para estabilizar a situação na Zona do Euro”.

O documento faz alusão ao plano de resgate no montante de 85 bilhões de euros concedido pela UE e o FMI à Irlanda, para permitir ao país, principalmente, reativar seu setor bancário.

Os membros do Federal Open Market Committee, FOMC, destacaram, também, ao final da reunião de dezembro, que o ritmo da reativação econômica em curso nos Estados Unidos há um ano e meio ainda é insuficiente para justificar uma mudança na política monetária extremamente flexível do Fed.

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