04/09/2020 - 18:37
Reguladores americanos estimaram nesta sexta-feira que poderá custar às pequenas empresas de telecomunicações mais de 1,8 bilhão de dólares a substituição dos equipamentos da Huawei e ZTE, empresas chinesas acusadas por Washington de representarem uma ameaça à segurança nacional.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) classificou as gigantes da tecnologia chinesas como ameaças à segurança do país, e as operadoras estão proibidas de usar o Fundo de Serviço Universal para comprar seus equipamentos.
Uma avaliação da FCC sobre a quantidade de redes apoiadas pelo fundo federal que dependem do hardware e dos serviços da Huawei e ZTE estimou que a remoção poderia custar mais de 1,8 bilhão de dólares.
“Volto a pedir encarecidamente ao Congresso que destine fundos para reembolsar as operadoras pela substituição de qualquer equipamento ou serviço que seja considerado uma ameaça à segurança nacional, para que possamos proteger nossas redes e as partes incalculáveis da nossa economia e sociedade que dependem das mesmas”, assinalou o presidente da FCC, Ajit Pai.
A Huawei é uma das poucas empresas capazes de construir redes 5G, e é amplamente considerada a opção mais avançada para a transmissão de dados ultrarrápidos por trás de tecnologias como a dos veículos autônomos.
A operadora de telefonia móvel americana Verizon, que constava dos exemplos citados pela FCC, já destinou cerca de 1,9 bilhão de dólares para acelerar a implementação dos serviços 5G. Estas redes são apresentadas como promessa de um salto exponencial na quantidade e velocidade dos dados sem fio, o que permitirá avanços em veículos autônomos, realidade virtual e saúde conectada, entre outros setores, à medida que os sensores e servidores se comunicarão de forma instantânea.
Os Estados Unidos estão atrás de outros países, como China e Coreia do Sul, na implementação desta tecnologia, potencialmente transformadora.