Estados Unidos pediu, nesta quarta-feira (19), ao Iraque para desativar todos os grupos armados em seu território, na véspera de uma reunião entre o primeiro-ministro iraquiano Moustafa al-Kazimi e o presidente americano Donald Trump na Casa Branca.

“Os grupos armados, que não estão sob o controle total do primeiro-ministro, dificultam o nosso progresso”, disse o secretário de Estado Mike Pompeo, em uma coletiva de imprensa com seu homólogo iraquiano Fouad Hussein, em Washington.

“Esses grupos devem ser substituídos pela polícia local o mais rápido possível. Eu garanto ao sr. Fouad que poderíamos ajudar e que ajudaríamos”, acrescentou.

Pompeo não nomeou as facções iraquianas pró-Irã, mas a visita do primeiro-ministro iraquiano aos Estados Unidos ocorre em meio aos frequentes ataques desses grupos contra interesses dos EUA no Iraque.

Este é atualmente o principal desafio para Mustafa al-Kazimi, nomeado em maio no país onde Irã e EUA, inimigos explícitos, competem pela influência.

“Discutimos como Estados Unidos e Iraque podem trabalhar juntos para fazer com que o Iraque fique mais seguro e mais estável”, disse Mike Pompeo.

O secretário prometeu “apoiar as forças de segurança iraquianas” para “diminuir o poder das milícias que tem aterrorizado o povo iraquiano por muito tempo e minado a soberania nacional do Iraque”.

Os dois países seu “diálogo estratégico” em Washington, iniciado em junho quando o governo Trump anunciou que reduziria sua presença militar no Iraque nos meses seguintes.

Pompeo se negou a estabelecer datas e pediu para “não se basear nos números”.

Mas o destino de cerca de 5.000 soldados americanos implantados no Iraque desde a guerra anti-jihadista deve ser discutido na quinta-feira na Casa Branca.

O Hachd al Shaabi, uma coalizão de paramilitares integrados no estado iraquiano e aliados com o Irã, exige no Parlamento a expulsão das tropas americanas já que esse exército matou em janeiro em um ataque em Bagdá o poderoso general iraniano Qassem Soleimani.