Uma investigadora chinesa acusada de esconder seus vínculos com o exército de seu país para obter um visto americano foi presa depois de se refugiar no consulado chinês em São Francisco, anunciou nesta sexta-feira uma importante autoridade americana.

O Departamento de Justiça dos EUA informou na quinta-feira a acusação contra quatro pessoas por “fraude de visto” por “mentirem sobre sua participação nas forças armadas chinesas”.

Três delas já haviam sido presas.

“Uma dessas pessoas fugiu até a noite passada, depois de encontrar refúgio no consulado de São Francisco”, disse uma autoridade do departamento na sexta-feira.

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Juan Tang é especialista em tratamentos contra o câncer e trabalha desde janeiro em um laboratório da Universidade da Califórnia.

Os investigadores descobriram fotos dela de uniforme e comprovariam que ela trabalhava em um hospital militar chinês.

Ela “está sob custódia policial e comparecerá pela primeira vez ao tribunal durante o dia”, acrescentou o departamento, que se recusou a fornecer detalhes da prisão.

Segundo o funcionário, os casos de espionagem econômica “são apenas a ponta do iceberg”.

Este caso, de fato, ocorre em um contexto de tensões entre a China e os Estados Unidos.

Washington deu a Pequim três dias na terça-feira para fechar seu consulado em Houston, Texas, acusado de ser um “centro de espionagem e roubo de propriedade intelectual”.

As autoridades chinesas ordenaram nesta sexta-feira o fechamento do consulado dos EUA em Chengdu, no sudoeste do país.