15/03/2011 - 7:14
Os Estados Unidos homenagearam nesta terça-feira o último de seus veteranos da Primeira Guerra Mundial, Franck Buckles: o ex-motorista de ambulância na França, que havia enganado a idade para ir ao conflito em 1917, foi enterrado com honrarias militares no cemitério nacional de Arlington.
Franck Buckles, nascido no Missouri em 1901, faleceu de morte natural em sua casa na Virgínia Ocidental, no dia 27 de fevereiro aos 110 anos. Ele foi o último americano a ter servido na Europa durante a Grande Guerra. O herói foi enterrado não muito longe do General John Pershing, a quem ele admirava.
“Foi o fim de uma época. Meu avô serviu na França, ele foi envenenado por gás e sofreu toda sua vida. Como ele, Buckles representou uma geração de grandes patriotas”, afirmou Peter Tracy, 50 anos, que veio, junto a uma longa fila de turistas, contemplar o túmulo do antigo soldado.
Ainda vivos, também com 110 anos, estão dois britânicos: um homem que vive na Austrália, e uma mulher. Ambos serviram na Força Aérea Real do Reino Unido com 17 anos em 1917.
Seu enterro no cemitério dos heróis, situado na entrada de Washington, ocorre duas semanas após sua morte, por causa de uma pequena polêmica. Sua filha única havia pedido que ele fosse sepultado no Capitólio, mas a proposta não passou pelo congresso.
Quando questionado sobre seu segredo de longevidade, o antigo soldado, que andava de cadeira de rodas, respondeu com energia: “manter o desejo de viver e ser ativo toda a vida”, lançou, ao dar autógrafos em capacetes da Primeira Guerra Mundial de militares admiradores.
Entrevistado em 2007 pelo Washington Post sobre a guerra no Iraque e no Afeganistão, o ex-motorista de ambulância durante o conflito declarou: “não sou um especialista, mas não sou a favor da guerra, a menos que seja uma emergência”.
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