06/04/2022 - 13:44
Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (6), novas sanções econômicas e financeiras contra grandes bancos russos e duas filhas adultas do presidente Vladimir Putin, informou a Casa Branca.
Um alto funcionário americano explicou que Washington quer criar um “círculo vicioso” acumulando medidas contra Moscou desde o início da invasão russa na Ucrânia.
“Privamos (a Rússia) de capitais, privamos de tecnologia, privamos de talentos e o conjunto de medidas busca criar uma espiral que se acelera à medida que Putin mantém a escalada” militar, acrescentou o funcionário, que pediu para não ser identificado.
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Além de impedir novos investimentos na Rússia, os Estados Unidos vão impor as sanções mais severas possíveis contra o banco público Sberbank que, segundo Washington, controla um terço dos ativos bancários da Rússia e também contra o Alga Bank, o maior banco privado do país.
Isso significa que essas entidades, que já receberam sanções mais brandas, sofrerão o congelamento de todos os seus ativos “no sistema financeiro americano” e não poderão fazer nenhum tipo de transação com entidades ou pessoas americanas, segundo a Casa Branca.
Os Estados Unidos também querem sancionar “grandes empresas públicas estratégicas”, mas ainda não revelaram quais seriam essas empresas.
Washington disse que as medidas visam tornar a Rússia um “pária” na economia mundial, mas abririam exceções no setor de energia, principal fonte de recursos do tesouro russo.
A Casa Branca, como sempre, disse que as medidas são coordenadas especialmente com seus aliados europeus, muito dependentes do gás russo.
Os Estados Unidos também sancionarão as “filhas adultas” de Putin.
Um alto funcionário americano disse que se tratava das duas filhas do presidente russo, que agora estão sujeitas a um congelamento de ativos nos Estados Unidos e isoladas do sistema financeiro americano.
Essas filhas de Putin são conhecidas na mídia russa como “Maria Vorontsova e Katerina Tikhonova”.
A mesma medida será aplicada à esposa e filha do ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov, assim como aos membros do conselho de segurança da Rússia, entre eles o ex-presidente Dimitri Medvedev.