26/03/2014 - 9:22
Washington teria proposto libertar o espião israelense Jonathan Pollard para garantir a liberação de um contingente de prisioneiros palestinos e salvar as negociações de paz, indicou nesta quarta-feira a rádio militar israelense.
No entanto, a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, desmentiu esta informação de forma categórica.
Segundo funcionários israelenses citados pela rádio militar, a proposta permitiria que Israel libertasse um quarto e último contingente de 26 presos palestinos, em uma operação prevista para o dia 29 de março.
Esta libertação, por sua vez, permitiria prolongar as negociações de paz com os palestinos para além de 29 de abril, quando Washington espera que seja alcançado um acordo para a solução definitiva do conflito.
A eventual libertação de Jonathan Pollard seria interpretada como um gesto de boa vontade de Washington em favor das negociações travadas entre israelenses e palestinos.
Há anos, Israel exige em vão o indulto de seu espião, que obteve a nacionalidade israelense em 1995.
Jonathan Pollard, um ex-especialista da Marinha americana, foi detido em 1985 por ter vazado a Israel milhares de documentos secretos sobre as atividades de inteligência de Washington no mundo árabe. O espião foi condenado à prisão perpétua.
O acordo concluído em julho sob os auspícios dos Estados Unidos para reativar o processo de paz israelense-palestino prevê a libertação em quatro rodadas de 104 prisioneiros.
Os três primeiros contingentes foram libertados no momento previsto.
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