O euro caiu ante o dólar e o iene nesta segunda-feira, 13, com a perspectiva de uma resolução da crise da Grécia levando investidores a concentrar suas atenções na relativa fraqueza da economia da zona do euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 123,45 ienes, de 122,83 ienes no fim da sexta-feira, enquanto o euro caía a US$ 1,1000, de US$ 1,1150 na sexta.

Os investidores venderam euros, após o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e os credores internacionais chegarem a um acordo preliminar sobre um novo pacote de ajuda para o país, na manhã desta segunda-feira. Ainda que os sinais de um acordo tenham reduzido as preocupações de que a Grécia possa sair do euro e perturbar os mercados no curto prazo, um potencial terceiro pacote de ajuda levou investidores a voltar a centrar foco na lenta recuperação econômica da zona do euro, diante de uma inflação baixa, de um crescimento modesto e do alto desemprego em vários países.

Em comparação, dados melhores recentes da economia dos EUA e a perspectiva de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, eleve a taxa de juros mais adiante devem impulsionar o dólar, conforme o mercado de acalma, segundo estrategistas de câmbio. Os juros mais altos nos EUA tornam mais atraente a moeda do país, já que melhora o retorno dos ativos denominados nessa divisa.

Desde meados de 2014 até meados de março, investidores apostaram que o euro iria recuar, conforme o Banco Central Europeu (BCE) afrouxava sua política monetária e lançava um programa de compra de bônus, num esforço para impulsionar o crescimento e os preços ao consumidor. O euro perdeu quase um quarto de seu valor, diante disso. Mas uma melhora modesta nos indicadores econômicos e a incerteza sobre a crise da dívida grega conteve o declínio da moeda, com investidores ajustando posições diante de um cenário mais indefinido no curto prazo.

Na avaliação de Shahab Jalinoos, analista de pesquisa de câmbio do Credit Suisse, à medida que diminua o risco imediato, o mercado de moedas deve se posicionar diante dos dados econômicos, ocorrendo um movimento de queda do euro ante o dólar. “E o mercado deve ficar mais confiante em manter essas posições”, previu ele.