Por Robin Emmott

BRUXELAS (Reuters) – O diplomata mais graduado da União Europeia deve alertar o bloco nesta quarta-feira que precisa combinar uma doutrina ambiciosa como base de ações militares conjuntas no exterior, incluindo uma força de crise mobilizável, de acordo com trechos de um esboço visto pela Reuters.

Josep Borrell apresentará aos colegas comissários europeus o primeiro esboço da “Bússola Estratégica”, que é o mais próximo que a UE poderia ter de uma doutrina militar e se assemelha ao “Conceito Estratégico” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que delineia os objetivos da aliança.

“A Europa está em perigo”, dirá o chefe de política externa da UE, de acordo com o prefácio do esboço.

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Ele enfatizará que a Otan, entidade liderada pelos Estados Unidos, continua sendo a principal responsável pela defesa coletiva da Europa.

Embora países europeus tenham soldados altamente treinados e poder cibernético, naval e aéreo, os recursos são duplicados entre as 27 forças militares e as missões de treinamento e assistência do bloco são de tamanho modesto.

Os membros também carecem da logística e das capacidades de comando e controle dos EUA e não estão à altura da coleta norte-americana de informações de inteligência.

Uma avaliação de ameaça separada é confidencial, mas diplomatas citam os Estados falidos nas fronteiras da UE como áreas onde o bloco pode precisar enviar soldados pacificadores ou retirar cidadãos.

Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da UE abordarão a questão na segunda-feira, visando combinar um documento político final em março.

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