O que faz milhares de pessoas seguir acreditando, mesmo diante do caos? A pergunta ressoa em milhares de brasileiros que, entre os dias 2 e 4 de junho, participam de mais uma edição de “O Resgate dos Otimistas”, evento online gratuito que já alcançou mais de 600 mil inscritos. Na edição anterior, 133 mil pessoas estiveram conectadas simultaneamente — um número comparável ao público de grandes eventos esportivos — mais de 530 mil de brasileiros confirmaram presença para o evento desta semana com a presença em sua primeira noite de mais de 100 mil pessoas online.

Em um país ferido por desigualdade, descrença política e estafa emocional coletiva, os dados chamam atenção. Mas o que realmente impressiona é a pergunta que une esse público: “Por que você não foi mais longe?”

Longe de ser um slogan de marketing, a frase é o eixo central do evento promovido pela Aliança Divergente, uma comunidade de desenvolvimento humano presente em mais de 60 países, com mais de 100 mil membros, os chamados Aliados. O mentor e idealizador por trás do movimento é Elton Euler, fundador e autor da Teoria da Permissão, um conceito que tem ganhado espaço no universo terapêutico, educacional e corporativo por propor uma nova lente sobre sucesso, fracasso e bloqueios emocionais.

As pessoas não fracassam porque são incapazes. Elas fracassam porque não podem dar certo”, afirma Elton. “O Brasil não precisa só de competência técnica. Precisa de gente emocionalmente livre para avançar.”

Quando o bloqueio não é técnico — é emocional

A proposta de Euler é simples, mas disruptiva: para além da capacidade (o que se sabe fazer) e da disposição (a vontade de realizar), existe a Permissão — que segundo a teoria, trata-se da autorização interna para agir, crescer, se posicionar e conquistar, sem se sabotar por culpa, medo ou laços disfuncionais invisíveis.

Na prática, a Teoria da Permissão convida os participantes a identificar suas amarras internas: decisões não tomadas por medo de decepcionar os pais, autocensura profissional por traumas do passado, relacionamentos mantidos por carência, e sonhos adiados por vínculos emocionais mal resolvidos.

A proposta vem ganhando corpo porque toca em algo que não se resolve com produtividade ou leitura. Toca em um padrão coletivo de estagnação emocional, onde o brasileiro tenta, mas não vai. Ou pior: vai, mas volta.

Transformações que não cabem no antes e depois

O impacto do evento tem se manifestado em relatos que beiram o inacreditável — mas são reais. Casos como da empresária Ana Cristina Campion Cardoso, endividada e emocionalmente sobrecarregada, ela reconstruiu sua vida familiar e financeira após reencontrar um antigo amor. Quitou mais de 200 mil reais em dívidas, escalou sua renda de R$5.000,00 para R$20.000,00 e já alcançou R$50.000,00. Hoje vive com leveza, trabalha de casa, viaja com a família e realiza sonhos antes impensáveis.

A jornalista Débora Cristina, vivia endividada, emocionalmente dependente e escondida no digital, mesmo sendo jornalista. Após entrar na Aliança Divergente, quitou R$12 mil em dívidas, voltou a ter contas no azul, fez R$4.450 em renda extra além de receber R$28 mil de uma gratificação antiga. Emagreceu, parou de beber, voltou a dirigir, mudou de casa e hoje vive com postura, plano e presença — construindo uma vida memorável.

Entre os depoimentos mais simbólicos, está o de Larissa, que transformou uma história marcada por abuso, traições e instabilidade financeira em um marco de superação. Após anos de terapias e um casamento em colapso, ela encontrou na Aliança Divergente o ponto de virada. Reconheceu e quebrou seus padrões emocionais, restaurou o relacionamento, viu o filho superar uma grave alergia e engravidou naturalmente após anos de dificuldade. Hoje, ela vive em uma nova cidade, tem faturamento familiar de R$300 mil, novo carro, novo ciclo e, nas palavras dela, uma vida leve, madura e consciente.

Ousadia intelectual: um brasileiro mirando o Nobel

Por trás dessa avalanche emocional, há uma visão que ultrapassa as fronteiras da autoajuda: Elton Euler mira o Nobel. Com o objetivo declarado de impactar 1 milhão de pessoas até 2030, o mentor não esconde a ambição de levar ao comitê sueco uma teoria criada no Brasil, aplicada em mais de 60 países, e validada por histórias reais.

A gente exporta futebol, música e escândalos. Está na hora de exportar consciência”, diz Elton. “A maior inovação do século 21 não virá da tecnologia, mas da lucidez emocional.”

Elton carrega uma biografia que reforça sua legitimidade: quebrou 17 vezes antes de criar sua metodologia, fundou a Aliança Divergente do zero e hoje lidera uma das comunidades mais engajadas em desenvolvimento humano do país — com presença no Brasil, Japão, Europa e Estados Unidos.

Um país ainda disposto a tentar

“O Resgate dos Otimistas” é, no fim das contas, menos um evento e mais um sintoma. O sintoma de um país que ainda quer tentar. Que mesmo cansado, ainda se inscreve. Que mesmo descrente, ainda ouve. Que mesmo falido, ainda investe em algo — mesmo que seja uma transmissão ao vivo de alguém perguntando: “Por que você não foi mais longe?”