Por Alexandra Valencia

QUITO (Reuters) – Há evidências mais do que suficientes de que a corrupção em uma empresa pública foi permitida pelo presidente do Equador, Guillermo Lasso, o que justifica sua destituição do cargo, disse um parlamentar da oposição em depoimento ao Congresso nesta quarta-feira.

Os parlamentares da oposição promoveram audiências de impeachment contra o ex-banqueiro conservador, alegando que Lasso desconsiderou o desfalque relacionado a um contrato de transporte de petróleo entre a empresa pública Flopec e uma empresa do setor privado.

Lasso negou irregularidades, apontando que o contrato foi assinado em 2018, três anos antes de ele assumir o cargo, e que seu governo negociou mudanças lucrativas ao acordo.

Lasso não fez “nada” quando advertido sobre irregularidades no contrato, testemunhou a deputada oposicionista Viviana Veloz ao comitê de fiscalização do Congresso encarregado de recomendar se Lasso deve ou não ser removido.

“É por isso que ele deve ser censurado e removido, esta é a verdade constitucional e a verdade política que muitos estão tentando esconder do povo equatoriano”, disse Veloz, que apresentou cartas e um vídeo que disse mostrar a culpa de Lasso.

“Há provas mais do que suficientes de atos de corrupção na Flopec.”

O advogado de Lasso também deve testemunhar nesta quarta-feira, o último dia das audiências.

Embora Lasso tenha fracassado em corrigir a crescente insegurança e o crime nas ruas – uma das principais preocupações dos eleitores – alguns equatorianos disseram que sua remoção não é a solução.

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