O ex-empresário de Michael Schumacher Willi Webber criticou a esposa do heptacampeão, Corinna, assim como o francês Jean Todt, chefe da equipe da Ferrari quando o piloto alemão defendia o time italiano.

Em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, Weber contou da dificuldade em obter informações sobre o estado de saúde de Michael desde o dia em que ele sofreu o acidente de esqui, em 2013.

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“Um amigo me disse que Michael teve um acidente de esqui, mas não parecia sério. Depois me dizem que estavam o levando para o hospital de Grénoble, na França. Ligo para a esposa dele e ela não atende. Ligo para Jean Todt para perguntar se deveria ir ao hospital. Ele me diz para esperar, é muito cedo, ele repete. Ligo no dia seguinte e ninguém atende, deixo passar alguns dias para não incomodar, mas começo a entender que queriam me deixar fora daquilo”, contou Webber ao jornal italiano.

O alemão foi empresário de Schumacher desde que ele deixou o kart para correr de Fórmula Ford, em 1986, até o final de sua primeira passagem na Fórmula 1, em 2006. Contrário ao retorno do piloto a categoria, Weber perdeu a posição para uma antiga funcionária sua, Sabine Kehn, quando Michael assinou para correr pela Mercedes entre os anos de 2010 e 2012.

“Foi uma dor enorme para mim. Tentei centenas de vezes entrar em contato com Corinna. Posso entender a situação inicial, mas depois só ouvimos mentiras deles”, falou Weber. “Já se passaram tantos anos daquele incidente. Por que a família não conta a verdade?”, completou.

O empresário conversou com o jornal italiano para promover o livro Benzina nel Sangue – Michael Schumacher, il Cavallo Vincente (Gasolina no Sangue – Michael Schumacher, o Cavalo Vencedor, em tradução literal). A família de Schumacher mantém em segredo absoluto o estado de saúde desde o dia do acidente, com pocas pessoas podendo visitá-lo em sua casa na Suíça.