NOVA YORK (Reuters) – O ex-governador de Nova York Andrew Cuomo envolveu-se em diversas instâncias de assédio sexual e não foi totalmente transparente sobre o número de mortes de Covid-19 em casas de repouso no Estado, disseram parlamentares estaduais nesta segunda-feira, ao apresentarem os resultados de uma investigação.

“Este foi um capítulo profundamente triste da história de Nova York”, disse o presidente da Assembleia Estadual, Carl Heastie, que em março pediu que o comitê judiciário da casa investigasse alegações contra Cuomo.

Em um comunicado emitido nesta segunda-feira, um porta-voz de Cuomo qualificou o relatório como “revisionista” e disse que a equipe de Cuomo não teve a oportunidade de analisar indícios de posse da Assembleia.

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Cuomo negou qualquer irregularidade anteriormente, mas em agosto, ao renunciar, disse que aceita a “responsabilidade total” pelo que classificou como tentativas desajeitadas de ser carinhoso ou bem-humorado.

Inicialmente, Heastie pediu ao comitê judiciário que determinasse se Cuomo deveria ser afastado do cargo depois que duas mulheres que trabalharam para ele vieram a público com queixas de assédio sexual.

Cuomo renunciou na esteira da divulgação de um relatório da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que concluiu que o então governador violou leis federais e estaduais ao assediar sexualmente mulheres subordinadas a ele.

Pouco após a renúncia, sua sucessora, Kathy Hochul, revelou que 12 mil pessoas a mais do que o número relatado nos tempos de Cuomo morreram de Covid-19 no Estado.

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