O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, pediu mais tempo à justiça de Nova York para conseguir pagar os 15 milhões de dólares de fiança e continuar respondendo em liberdade condicional às acusações de corrupção, segundo carta enviada por seu advogado a um juiz americano.

Na quinta-feira, o advogado Charles Stillman solicitou ao juiz federal americano Raymnd Dearie um prazo maior, até 5 de fevereiro, para completar o último requisito do pagamento da fiança, uma garantia bancária no valor de dois milhões de dólares.

O prazo original para apresentar a documentação necessária era esta sexta-feira. Stillman afirmou “estar trabalhando em uma proposta alternativa para completar o pacote de fiança”.

Marin, de 83 anos, foi preso em maio do ano passado em Zurique, na Suíça, quando explodiu o escândalo de corrupção na Fifa, sendo extraditado em novembro para Nova York, onde se declarou inocente de cinco cargos que pesam contra ele, entre eles formação de quadrilha, fraude e lavagem de dinheiro.

Em 16 de dezembro, Marin se declarou inocente de sete novos cargos incluídos em uma segunda ata de inculpação da promotoria federal.

O ex-dirigente brasileiro foi colocado sob prisão domiciliar com monitoramento eletrônico por 24 horas, baixo uma fiança de 15 milhões de dólares.

Marin é acusado de ter apropriado-se indevidamente de milhões de dólares procedentes de empresas esportivas relacionados à venda de direitos televisivos das Copas América de 2015, 2016, 2019 e 2012, e da Copa do Brasil entre 2013 e 2022.

A CBF foi atingida em cheio pelo escândalo de corrupção na Fifa, já que além de Marin estão sendo processados o atual presidente Marco Polo del Nero e o ex-mandatário Ricardo Teixeira.