O ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, morreu aos 56 anos em acidente de um avião monomotor, que caiu em uma casa na Casa Verde, zona norte de São Paulo, na tarde deste sábado, 19.

A área fica perto do Campo de Marte. As sete pessoas estavam a bordo da aeronave morreram e um morador da casa atingida ficou ferido, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Entre as vítimas estão ainda mulher de Agnelli, Andréia, seus dois filhos, João e Ana Carolina, além de seu genro e sua nora. Os seis iam a um casamento no Rio de Janeiro.

O acidente ocorreu na rua Frei Machado, número 110, por volta das 15h20. Pelo menos 15 viaturas dos bombeiros e 45 homens estão no local para fazer o rescaldo do acidente.  

Biografia

Roger Agnelli nasceu em 3 de maio de 1959 em São Paulo e foi presidente da Vale de 2001 a 2011. Durante os 10 anos em que Roger presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo.

Foi durante sua gestão que a Vale adotou uma estratégia de expansão global, comprou a mineradora canadense Inco, se tornando a segunda maior produtora de níquel do mundo, e também a Fosfértil, que fez da empresa um importante player no mercado de fertilizantes.

Agnelli soube tirar proveito do superciclo da mineração e do aumento da demanda chinesa por minério de ferro e adotou uma nova política de reajuste do preço que levou a Vale a um novo patamar no mercado global de minério. Com isso, as ações da empresa registraram uma valorização de 1.583%.

Roger Agnelli era formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e desenvolveu sua carreira profissional no Grupo Bradesco, onde trabalhou de 1981 a 2001. Em 1998, Roger assumiu a posição de diretor-executivo do Banco Bradesco, onde permaneceu até 2000, ano em que se tornou Presidente e CEO da Bradespar.

Antes de ser escolhido como presidente da Vale, Agnelli foi presidente do Conselho de Administração da empresa. Ele também foi membro do conselheiro de administração de importantes empresas do país e no exterior, entre elas Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Latasa, Suzano Petroquímica, Brasmotor, Rio Grande Energia, VBC Energia S.A., Duke Energy, Spectra Energy, entre outras.

Em 2012, Roger Agnelli foi escolhido pela “Harvard Business Review” e o Insead como o quarto CEO com melhor desempenho no mundo e único brasileiro no ranking.

Após deixar a Vale, Agnelli fundou a AGN, uma holding com projetos na área de mineração, logística e bioenergia. Roger era casado com a Andrea Agnelli e tinha dois filhos, Ana Carolina e João.

Agnelli era formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), trabalhou de 1981 a 2000 no Banco Bradesco, onde iniciou sua carreira, chegando ao cargo de diretor executivo em 1998.

No início do mês de fevereiro de 2015 seu nome apareceu como um dos possíveis substitutos de Graça Foster na presidência da Petrobras.

Outros acidentes

A trágica morte de Roger Agnelli, em um acidente aéreo em São Paulo, na tarde deste sábado 19, soma-se a outras tragédias que vitimaram executivos e empresários.

Em novembro do ano passado, um jato executivo com quatro pessoas, vitimou o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi, que era um dos principais nomes cotados para suceder a Luiz Carlos Trabuco, a partir de 2017. No acidente tambêm morreu Lúcio Flávio Conduru de Oliveira, presidente do Bradesco Vida.

Em 2009, o empresário Roger Wright, ex-sócio do Banco Garantia e dono da Arsenal Investimento, morreu em um acidente aéreo em Trancoso, sul da Bahia.

Na ocasião, três gerações da família Wright morreram no acidente com o avião bimotor King Air 250. O bimotor caiu a 150 metros da cabeceira da pista de pouso do condomínio Terravista e explodiu. Quatorze pessoas morreram, entre elas quatro crianças.

A aeronave levava, além de  Wright, Lucília Carvalho Lins, além de filhos e netos do empresário.