06/06/2021 - 12:28
O ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, pagará um valor recorde de 11 milhões de euros (US$ 13,3 milhões) para a antiga empresa na qual era empregado para resolver as acusações de negligência no escândalo “dieselgate”, informaram fontes próximas ao caso neste domingo (6).
“O conselho de vigilância validou em sua reunião de sábado os principais pontos do acordo amistoso”, afirmou um porta-voz do grupo neste domingo, sem maiores detalhes.
Segundo fontes próximas ao caso, o ex-presidente do conselho de administração do grupo – que atuou no cargo até ao seu pedido de demissão em 2015 – vai pagar cerca de 11 milhões de euros por “danos e juros por descumprimento” no exercício das suas funções.
A Volkswagen havia informado no final de março sua intenção de reivindicar uma indenização de seus ex-diretores.
Segundo os meios de comunicação alemães, a Volkswagen exigiu mais de 1 bilhão de euros deles e das seguradoras perante as quais o grupo pediu uma cobertura por responsabilidade dos gestores.
Winterkorn “falhou em cumprir seus deveres de diligência” ao omitir, como presidente do grupo, “em explicar o contexto de utilização de programas informáticos não autorizados” em motores a diesel, constatou um escritório de advocacia, que a Volkswagen contratou para esclarecer as circunstâncias do escândalo.
Winterkorn sempre negou sua responsabilidade.
Em setembro de 2015, um enorme escândalo expôs a manipulação de milhões de motores diesel das marcas VW e Audi, entre outras, para fazer com que parecessem menos poluentes do que eram.