O ex-presidente da Funcef, fundo de pensão de funcionários da Caixa, Guilherme Lacerda, rechaçou as acusações feitas pelo delator Joesley Batista, dono do grupo J&F e do frigorífico JBS, de que recebeu propina para realizar um aporte na Eldorado Celulose.

De acordo com Batista, um esquema foi montado para viabilizar investimentos por meio de dois fundos, a Funcef e a Petros, de funcionários da Petrobras. A propina seria equivalente a 1% do valor aportado pelos fundos.

A defesa de Lacerda, em comunicado, afirmou que ele já havia deixado a presidência da Funcef no momento da incorporação da Florestal pela Eldorado, em 2011.

“A adesão da Funcef ao FIP Florestal foi uma decisão colegiada da diretoria da Funcef, igualmente técnica. Lacerda já havia deixado a presidência da fundação quando a fusão das duas empresas (Florestal e Eldorado) foi realizada”, afirma a nota.

Leia a nota na íntegra:

Todas as decisões tomadas por Lacerda enquanto esteve à frente da entidade (2003 – 2010) foram tomadas com o devido rigor técnico visando, exclusivamente, o melhor para a Fundação.

Ademais, o ex-presidente da Funcef não era dirigente, diretor ou tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. Ele está tranquilo sobre o período que esteve à frente da Funcef, em especial pelo que fez em termos de compliance, gestão e transparência decisória e continua à disposição para responder a todas as questões relacionadas ao seu período de gestão.

Como prova de sua idoneidade, tem-se a extensa investigação conduzida pela Polícia Federal no curso da Operação Greenfield, comandada pelo próprio Ministério Público Federal, que concluiu não ter havido variação patrimonial irregular do ex-dirigente.