24/02/2015 - 17:23
A justiça portuguesa decidiu, nesta terça-feira, manter em prisão preventiva, o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, de 57 anos, por crimes de corrupção, afirmaram fontes judiciais citadas pela agência de notícias Lusa.
Sua detenção na prisão de Évora (sudeste) foi prorrogada por pelo menos três meses, prazo durante o qual a justiça avaliará novamente a conveniência da medida.
O ex-líder socialista foi detido em 21 de novembro de 2014 ao descer do avião no aeroporto de Lisboa, uma notícia que chocou a opinião pública em Portugal.
Três dias depois, foi acusado de fraude fiscal com agravantes, corrupção e lavagem de dinheiro.
O juiz de instrução Carlos Alexandre invocou o perigo de fuga e obstrução à ação da justiça para pedir a prisão preventiva de Sócrates, que denunciou um tratamento “arbitrário e despótico”.
Sócrates foi primeiro-ministro entre 2005 e 2011.
O caso foi ampliado na semana passada com a acusação formal contra um ex-chefe de Sócrates, Paulo de Lalanda e Castro, líder em Portugal do grupo farmacêutico suíço Octapharma.
Os salários que Sócrates recebeu entre 2013 e 2014 por sua atividade de consultor faziam parte de todo um esquema para evasão de capitais, segundo dados da acusação mencionados pela imprensa portuguesa.