Os dois maiores resorts do país, a Costa do Sauípe e o Rio Quente Resort, vão virar um grande canteiro de obras nos próximos cinco anos. Essa é a promessa do CEO da Aviva, Alessandro Cunha, proprietária dos dois destinos turísticos. 

Até 2028 serão investidos R$ 1.2 bilhão em diversas obras, desde melhorias nos hotéis, até produtos imobiliários e a construção de um parque aquático no destino baiano pensando em abranger um público mais premium.    

“Nós entendemos que precisamos entregar uma experiência para os nossos hóspedes e as obras serão todas nesse sentido”, afirmou. 

Ano de 2022 superou 2019

Costa do Sauípe
Costa do Sauípe registrou ocupação média de 60% durante o ano (Crédito:Divulgação/ Costa do Sauípe)

A pandemia de covid-19 e as restrições de circulação entre 2020 e 2021 fizeram com que o turismo brasileiro fosse o setor mais atingido na época. O CEO explica que o Rio Quente, que nunca havia ficado um dia fechado desde a sua inauguração em 1964, teve que ficar 120 dias fechado em 2020.  

Após o que Cunha chamou de “viagem da vingança” pós-pandemia, ele afirma que o ano de 2022 já mostrou números melhores que 2019 e que a taxa de ocupação nos destinos foi recorde. 

“Em Rio Quente a gente vai fechar o ano com 77% de ocupação média, o que é um número muito bom. Tivemos todos os nossos finais de semana acima de 85% de ocupação. Em Sauípe a gente tem 60% de ocupação média, que é um pouco abaixo, mas também é um ótimo número. Imaginamos que esse número crescerá após as obras”, acredita. 

Novo parque deve mudar perfil de usuário 

Rio Quente teve que fechar pela primeira vez na história durante a pandemia (Crédito:Divulgação)

Um dos grandes investimentos nesse período será em um parque aquático na Costa do Sauípe. O modelo será semelhante ao Hot Park, no Rio Quente Resorts. Nesse modelo, além de o hóspede poder usufruir dos equipamentos, o cliente poderá comprar a entrada para passar apenas um dia. A expectativa é que esse novo produto aumente a idade e os dias de permanência no resort. 

“Nosso cliente médio hoje no Rio Quente Resorts é o da família e na Costa do Sauípe é o do casal sem filhos. A gente quer chamar mais famílias para a Costa do Sauípe com um equipamento para a família toda”, explicou. 

O investimento será de R$ 350 milhões. A obra vai começar em 2024 e deve levar de 30 a 36 meses. 

A ideia também é oferecer uma experiência em contato com a natureza. O Hot Park de Rio Quente conta com a Turminha da Zooeira, que chama a atenção para a preservação do cerrado. Já no destino baiano será criada o Hot Park Baía das Tartarugas, com a intenção de mostrar o processo de desova das tartarugas na praia. 

Projetos imobiliários focam em público premium

Projetos quer atrair público interessado em serviços exclusivos (Crédito:Divulgação)

Uma outra novidade que vai fazer parte do resorts são os novos projetos imobiliários. Em Sauípe a companhia vai lançar um produto de multiproporiedade para quem quer experiências exclusivas ou até mesmo realizar o sonho da casa de veraneio. Já em Rio Quente a modalidade será por tempo de uso de25 anos. A multipropriedade imobiliária é um modelo em que o imóvel é dividido em frações de tempo.

Em Rio Quente o projeto “Incasa” será uma espécie de hotel horizontal em que os hóspedes terão mais privacidade e acesso a experiências como ter um jantar feito por um chef. Com investimento de cerca de R$ 500 mil, o cliente poderá usufruir da hospedagem durante duas semanas por ano. 

“Serão 40 casas de 350m² com um clube exclusivo, com toda a privacidade, mas os hóspedes também poderão usar toda a estrutura do resort. É um projeto que a gente vai investir R$ 200 milhões que já está em andamento. Temos uma casa modelo pronta e cerca de 20 casas quase finalizadas. Esse projeto entrará em operação em 2025 e cada um dos clientes terá o direito de uso por 25 anos”, explicou Cunha. 

Já no destino baiano, o plano é reformar totalmente um dos hotéis do complexo e transformar em apartamentos de 30m², 60m² e 100m². A ideia, de acordo com Cunha, é comercializar as unidades para os moradores das cidades próximas. Eles terão acesso vitalício aos imóveis. A expectativa de investimento é de R$ 200 milhões.