15/04/2014 - 0:25
O comandante da corte militar que condenou o ex-soldado norte-americano Bradley Manning negou nesta segunda-feira o pedido de indulto feito pela defesa e confirmou a pena de 35 anos de prisão pelo maior vazamento de documentos secretos da história dos Estados Unidos.
O comandante-geral das cortes militares, general Jeffrey Buchanan, aprovou na semana passada a sentença anunciada em agosto de 2013 pela juíza militar Denise Lind. O anúncio da decisão só foi feito nesta segunda-feira.
Bradley Manning, que agora usa o nome Chelsea e pediu para ser identificado como mulher, apresentou um pedido de clemência por meio de seus advogados em março.
O processo automático de apelação pode, a partir de agora, ser ativado perante a corte criminal de apelações das Forças Armadas.
Segundo a defesa do militar, o processo pode chegar à Justiça federal e à Suprema Corte, invocando a lei sobre espionagem, na qual o veredicto se baseou.
“Todos que conhecem o caso deveriam estar de acordo que uma pena de 35 anos é muito severa, levando-se em conta a conduta de Manning”, disse em comunicado o advogado do réu, David Coombs, ao pedir que o general Buchanan alivie a sentença “injusta” e “desmedida”.
Atualmente detido em Fort Leavenworth, no estado do Kansas (centro), Manning pediu a um tribunal local a mudança de seu nome de “Bradley Edward Manning” para “Chelsea Elizabeth Manning” e a autorização para seguir um tratamento hormonal – informou o comitê de apoio ao ex-soldado.
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