O País registrou uma taxa de informalidade de 39,1% no mercado de trabalho no trimestre até setembro de 2023. Havia 38,033 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

Em um trimestre, mais 299 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 929 mil novos postos de trabalho.

“A expansão da ocupação neste trimestre foi puxada, principalmente, pela parte formal da ocupação, não pela informal. Não que a informalidade tenha caído, existem 300 mil pessoas a mais na informalidade. Mas a expansão da ocupação formal foi muito maior que a expansão da ocupação informal”, resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. “O contingente (de informais) é extremamente significativo, é importante.”

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 153 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 21 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada, de 180 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ e de 7 mil empregadores sem CNPJ. Houve redução de 63 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 0,8% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais recuou em 112 mil pessoas, queda de 0,3%.

Segundo Beringuy, os dados mostram que a expansão da ocupação em um ano foi majoritariamente via carteira assinada no setor privado.

Enquanto a população ocupada cresceu em 569 mil pessoas no total do mercado de trabalho, a abertura de postos com carteira assinada no setor privado somou 1,096 milhão de novas vagas, quase o dobro. Ou seja, a carteira assinada no setor privado absorveu trabalhadores de modalidades que registraram encolhimento no número de ocupados.

“A carteira no setor privado, sozinha, expandiu mais que a população ocupada como um todo”, frisou Beringuy. “É a carteira no setor privado que puxa a ocupação no trimestre, no ano, mas, principalmente, no ano”.