O Banco Mundial projetou que o crescimento do Leste Asiático e Pacífico deve desacelerar para 4,5% em 2024, após um ritmo de 5,1% do ano passado. O desempenho regional, contudo, ainda será mais vigoroso do que o resto do mundo, mas terá um dinamismo mais lento do que o registrado antes da pandemia, afirmou o Banco Mundial em relatório sobre as perspectivas econômicas para a região divulgado no domingo, 31.

“Embora a recuperação do comércio mundial e a flexibilização das condições financeiras apoiem as economias da região, o aumento do protecionismo e a incerteza política travarão o crescimento”, ponderou a instituição financeira internacional.

Para os países em desenvolvimento do Leste Asiático e do Pacífico, excluindo a China, a taxa de expansão deve aumentar para 4,6% este ano, acima dos 4,4% em 2023, segundo o relatório.

Para a China, a previsão é de expansão mais moderada, de 4,5%, face aos 5,2% em 2023, uma vez que endividamento elevado, a fraqueza do setor imobiliário e os atritos comerciais devem pesar sobre a economia.

“A região do Leste Asiático e Pacífico segue dando uma forte contribuição para o crescimento econômico mundial, apesar de enfrentar um ambiente global mais desafiador e incerto, o envelhecimento da população e os impactos das alterações climáticas”, afirmou a vice-presidente do Banco Mundial para o Leste Asiático Oriental e Pacífico, Manuela Ferro.

Um aspecto desfavorável apontado no relatório é que o crescimento da produtividade entre as empresas líderes na região ficou atrás do das empresas líderes globais. “A lacuna é especialmente acentuada nos setores com utilização intensiva de recursos digitais. Como as novas tecnologias, normalmente, ganham força primeiro entre as empresas líderes e depois se disseminam para outras empresas, esta tendência suscita preocupação em todo o espectro empresarial”, notou o Banco Mundial.