27/07/2022 - 13:14
O grupo presidido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza de faixas para ativação do 5G no País tem expectativa de que esse trabalho seja concluído até o fim de agosto em todas as capitais. Pelo prazo atual, após essa limpeza, as operadoras ainda teriam até o fim de setembro para ativar o sinal da tecnologia nessas cidades, mas isso pode acontecer antes, assim que as faixas forem liberadas pela Entidade Administradora da Faixa (EAF). “As operadoras têm obrigação de ativar até o fim de setembro, mas elas podem ativar imediatamente, como aconteceu em Brasília”, disse o conselheiro da Anatel e presidente do grupo, Moisés Moreira.
Moreira, contudo, não descarta a possibilidade de a EAF pedir mais prazo para concluir a limpeza das faixas em todas as capitais, já que ainda pode encontrar dificuldades “em uma ou outra” cidade. “O que é normal, muitas coisas estão acontecendo, obstáculos, está sendo um aprendizado. Isso é possível que ocorra, mas até então eu tenho como sinalização que até o fim de agosto todas deverão estar completas”, disse o conselheiro em entrevista coletiva após o Gaispi (Grupo de Acompanhamento das Obrigações da Faixa de 3,5 GHz) aprovar a liberação do sinal 5G em Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (BH) e João Pessoa (PB).
O conselheiro da Anatel optou por não especular quais capitais podem ser as próximas a receber o 5G. “Estaria sendo leviano se falasse capital X ou Y”, disse Moreira, lembrando que a atualização do status de limpeza de faixa em cada cidade é feito pela EAF. A próxima reunião do Gaispi ocorrerá no dia 10 de agosto. Se até lá a entidade reportar que concluiu o trabalho em mais uma capital, o grupo poderá deliberar a liberação do sinal.
Por ora, Moreira apenas informou que, atualmente, a EAF está trabalhando nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia e Salvador. Os filtros que são instalados nas cidades para evitar interferências pela ativação do 5G já foram comprados em capacidade para atender a todas as capitais. Mas, como a entrega dos produtos é fracionada, a EAF realiza a instalação dos filtros a partir da quantidade que atende cada cidade. A ordem de liberação das capitais tem a ver, por exemplo, com o número de filtros necessários para cada município, explicou a Anatel.