10/06/2020 - 13:45
A exportação brasileira de café robusta aumentou 4,7% em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo a marca de 484,1 mil sacas exportadas, o que equivale a 16,3% da participação das exportações por variedade. Já o café arábica representou 73,8% do volume total de café exportado no mês, com 2,2 milhões de sacas embarcadas, apresentando uma queda de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafe).
Considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, o Brasil exportou em maio deste ano 3 milhões de sacas de café, gerando receita cambial de US$ 370,7 milhões. O preço médio da saca foi de US$ 124,44, com alta de 5,2% em relação a maio de 2019.
De janeiro a maio de 2020, o Brasil exportou 16,6 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 19,2% nas exportações de café robusta, o que equivale a 1,5 milhão de sacas, na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial gerada pelas exportações no período foi de US$ 2,2 bilhões e o preço médio foi de US$ 133,06, com um aumento de 4,8%.
Segundo o balanço mensal da entidade, o principal destino do café brasileiro continua sendo os Estados Unidos, que importaram 3,3 milhões de sacas no período, o que representa 19,8% da participação no total das exportações. A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 2,9 milhões, equivalente a 17,6% da participação. A Itália, terceiro maior consumidor, importou 1,5 milhão de sacas (8,8%). Em seguida aparecem a Bélgica, com 1,1 milhão de sacas (6,9%); Japão, com 845,6 mil sacas (5,1%); Federação Russa, com 533,4 mil sacas (3,2%); Turquia, com 491,5 mil sacas (3%); Espanha, com 406,1 mil sacas (2,5%); Canadá, com 362,9 mil sacas (2,2%); e França, com 323,4 mil sacas (2%).
Cafés especiais
Com relação aos cafés diferenciados, aqueles com qualidade superior ou alguma certificação de práticas sustentáveis, o Brasil exportou 2,7 milhões de sacas, o que representou 16,1% do total embarcado no período e gerou receita cambial de US$ 455,4 milhões, correspondendo a 20,7% do total gerado com os valores da exportação de café no período. O preço médio da saca de cafés diferenciados ficou em US$ 171,04.
Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados, com 498,5 mil sacas exportadas (equivalente a 18,7% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Alemanha, com 359,9 mil sacas (13,5%) e Bélgica, com 324,6 mil sacas (12,2%). Em seguida aparecem Japão, com 261,8 mil (9,8%); Itália, com 201,8 mil (7,6%); Reino Unido, com 111,6 mil (4,2%); Espanha, com 109,2 mil sacas (4,1%); Suécia, com 80,6 mil sacas (3,0%); Canadá, com 76 mil sacas (2,9%); e Coréia do Sul, com 70,9 mil sacas (2,7%).
Segundo o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, os volumes exportados em maio apresentaram uma boa performance, principalmente levando em conta o fato de o país estar no penúltimo mês do encerramento da safra de ciclo baixo e de o mundo estar atravessando um período de pandemia de covid-19.
De acordo com Carvalhaes, é importante destacar os esforços da cadeia do agronegócio brasileiro de café, que vem utilizando todos os estoques disponíveis para continuar atendendo a demanda do mercado global.
“Em relação à sustentabilidade, salientamos a importância da preservação da saúde de todos os envolvidos na cadeia, dos colaboradores aos consumidores, passando pela produção, logística, comercialização e indústria, seguindo rigorosamente os cuidados e medidas de prevenção, orientados pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e órgãos estaduais e municipais de saúde”, reforçou.