05/05/2020 - 8:01
São Paulo, 5 – O setor agropecuário brasileiro faturou, em exportações, 17,5% mais entre janeiro e abril deste ano em comparação com igual período de 2019, informou, em nota, o Ministério da Agricultura, tendo como base os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Houve aumento de embarques especialmente para a Ásia, com destaque para a China.
A soma das exportações alcança US$ 67,833 bilhões. Já as importações, US$ 55,56 bilhões, com saldo positivo de US$ 12,264 bilhões e corrente de comércio de US$ 123,4 bilhões. “Diferentemente do quadro mundial, o Brasil manteve sua balança praticamente estável”, diz a nota.
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Ainda conforme o ministério, a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras no período de janeiro a abril subiu de 18,7% para 22,9%. A soja destacou-se, com 29,9% mais em faturamento entre janeiro e abril, para US$ 11,653 milhões. O algodão em bruto subiu 69,5%, de US$ 659,2 milhões para US$ 1,17 bilhão.
Em relação especificamente ao mês de abril, o agronegócio brasileiro exportou US$ 18,31 bilhões e importou US$ 11,611 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,702 bilhões.
Alguns produtos do agronegócio bateram recordes históricos mensais de exportações em volume no mês de abril, como soja, com 16,3 milhões de toneladas; farelo de soja, com 1,7 milhão de toneladas; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com 116 mil toneladas; carne suína, com 63 mil toneladas e algodão bruto, com 91 mil toneladas. Por outro lado, tiveram queda: trigo, centeio e milho não moído, exceto milho doce, café não torrado, animais vivos, frutas e nozes.
O Ministério da Agricultura acrescentou também que as exportações brasileiras (de todos os setores) para a Ásia subiram 15,5% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com igual período de 2020. “O mercado asiático passou a representar 47,2% do total de nossas exportações”, continua a pasta.
Apesar do impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações brasileiras para a China cresceram 11,3% no período, com destaque para a soja (+28,5%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 85,9%), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (+153,5%) e algodão em bruto (+ 79,%).
Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia.