01/06/2022 - 6:14
As exportações de gás russo para os países de fora do ex-bloco soviético registraram queda de 27,6% entre janeiro e maio de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021, em um momento de crise entre Europa e Moscou devido à ofensiva contra a Ucrânia, anunciou a empresa Gazprom.
“As exportações para os países estrangeiros distantes (aqueles fora da Comunidade de Estados Independentes, que reúne vários países da ex-União Soviética) alcançaram 61 bilhões de metros cúbicos, ou seja, 27,6% menos do que no mesmo período de 2021”, afirmou o grupo russo.
A Gazprom afirmou que entrega o gás “de acordo com os pedidos confirmados”.
“As exportações de gás para a China através do gasoduto Power of Siberia estão aumentando, como parte de um contrato a longo prazo entre Gazprom e CNPC”, acrescentou a empresa russa.
A queda no fornecimento afeta principalmente a União Europeia.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, a UE tenta reduzir a dependência do gás russo, que antes representava 40% de suas importações anuais de gás, e encontrou outros fornecedores nos Estados Unidos para un tercio de sus compras.
Além disso, alguns países se negam a pagar as compras de gás russo em rublos, como exigiu o presidente Vladimir Putin em represália pelas sanções impostas a Moscou.
Em abril, a Gazprom anunciou a suspensão do fornecimento de gás para Bulgária e Polônia.
Além disso, a lista de clientes europeus que se negam a pagar em rublos aumenta, o que deve reduzir ainda mais as exportações no futuro.