O dólar sobe no mercado à vista na manhã desta quarta-feira (9) em meio à queda de mais de 3% do minério de ferro na China e petróleo fraco. A elevação dos rendimentos dos Treasuries intermediário e longo também induz a demanda cambial defensiva. O IPCA de setembro veio perto da mediana do mercado.

O IPCA subiu 0,44%, quase na mediana esperada (+0,45%) e o mais alto para o mês desde 2021 (1,16%). O resultado também é o mais elevado desde maio deste ano, de 0,46%. Reforça a chance de mais duas altas de 0,50 ponto porcentual da Selic em novembro e dezembro, segundo analistas.

A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 3,31% e, em 12 meses, ficou em 4,42%, resultado também próximo à mediana projetada no mercado, de 4,44%. A média dos núcleos arrefeceu.

Lá fora, o dólar e a curva longa dos Treasuries ganham força com dúvidas se haverá corte de juros pelo banco central americano (Fed)) em novembro, após o forte relatório de empregos de setembro.

Os investidores aguardam sinais de política monetária por sete dirigentes do Fed nesta quarta-feira e a ata do ultimo encontro (15h). Além disso, a inflação ao consumidor americana (CPI) sai na quinta-feira, 10.

Em setembro, o Fed cortou juros em 50 pontos-base, para a faixa entre 4,75% a 5% ao ano. A redução foi a primeira desde 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, que aumentou a inflação no país e levou o Fed a endurecer a política monetária. Entre 2022 e 2023, houve 11 aumentos na taxa básica.

Analistas do mercado dizem que se a inflação não abrandar como se espera, poderá aumentar a chance de manutenção das taxas americanas, o que poderia obrigar o Copom a apertar mais a Selic.

Às 9h45, o dólar à vista subia 0,55%, a R$ 5,5631. O dólar para novembro ganhava 0,47%, a R$ 5,5765.