O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (Cenipa-FAB) vai divulgar na próxima segunda-feira, 22, o relatório sobre o acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, em janeiro de 2017, na região do litoral de Paraty (RJ). Segundo a reportagem apurou, “falha humana” foi o que se desenhou como a principal causa, isso devido à desorientação espacial que resultou no desastre. Além de Teori, outras quatro pessoas morreram no acidente.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, e o delegado da PF, Rubens Maleiner, se encontraram com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira passada, 10, por cerca de uma hora e meia para apresentar o andamento da investigação.

Após a reunião, Maleiner, que preside o inquérito sobre o acidente, afirmou que não houve qualquer “ato intencional” que tenha provocado a queda da aeronave, descartando as hipóteses de sabotagem no avião que levava o então ministro relator da Lava Jato.

Inquérito

Além de periciar os destroços da aeronave e as gravações das conversas entre o piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade que possa ter gerado o acidente.

A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto onde deveria pousar.

Além de Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, proprietário da aeronave, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk. Embora não tenha concluído a investigação, a PF descartou a possibilidade de sabotagem na aeronave que caiu no mar de Paraty (RJ). Segovia vai compartilhar detalhes da apuração com a ministra do STF.