A BMW vai investir 650 milhões de euros para converter sua fábrica-mãe, em Munique, na Alemanha, para uma produção apenas de modelos elétricos a partir de 2027.

O aporte compreende a quatro novos edifícios, incluindo uma linha de montagem de veículos inédita, com áreas logísticas e uma nova oficina.

Novos edifícios da sede da BMW – Crédito: Divulgação/BMW

Será o primeiro o primeiro local de produção existente do BMW Group a concluir a transformação para mobilidade elétrica. Uma das coisas que se sabe é que, em 2026, a planta vai produzir o sedã denominado de “Neue Klasse” ou nova classe, na tradução.

O novo sedã BMW Neue Klasse e atrás o Neue Klasse dos anos 1960 (Crédito:Divulgação/BMW)

A BMW apresentou uma prévia de seu “Neue Klasse” na feira de automóveis IAA em setembro passado, um esforço multibilionário da montadora para superar a lacuna tecnológica com concorrentes como a Tesla e outros fabricantes de veículos elétricos.

O carro, aproximadamente do tamanho da atual linha de modelos Série 3 da montadora, de maior venda, será produzido na fábrica de Munique a partir de 2026, em paralelo com os carros movidos a combustão.

O veículo também será produzido na nova fábrica da BMW em construção em Debrecen, na Hungria, bem como em Shenyang, na China, e em San Luis Potosí, no México.

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Mercado

Diferente de outras montadoras, a BMW não estabeleceu uma meta própria para acabar com a produção de carros a combustão, o que vai de encontro à regulamentação da União Europeia que proíbe efetivamente a venda de novos automóveis a gasolina e diesel no bloco a partir de 2035.

Os veículos totalmente elétricos representaram 15% das vendas da montadora com sede em Munique em 2023, uma proporção que a empresa espera aumentar para um terço até 2026.

As fabricantes de automóveis, de Mercedes-Benz à Volkswagen, têm alertado nos últimos meses que as vendas de veículos elétricos não estão se desenvolvendo tão rapidamente quanto o esperado, com pressões econômicas pesando sobre os consumidores, enquanto os gargalos na cadeia de abastecimento que atrasaram a produção começam a diminuir.

Com informações da Reuters*