11/02/2022 - 3:30
Em um dia, o valor de mercado da Meta, ou antigo Facebook, foi de US$ 879 bilhões para US$ 669 bilhões — ou, arredondando, quase US$ 230 bilhões para o limbo. Já que estamos na grandeza de uma das empresas mais poderosas e visionárias (será?) do mundo, o tombo representou a maior queda da história da bolsa americana — isso à frente da Apple, em 2020, quando perdeu US$ 180 bilhões. Um dos piores dias, senão o pior, da vida de Mark Zuckerberg. As razões seriam uma mudança da Apple de seus protocolos de privacidade e novas regulamentações da União Europeia, que farão a Meta ter menos alcance de publicidade. O tiro abriria um buraco de US$ 10 bilhões nas receitas só em 2022. Outro obstáculo seria o avanço do TikTok e seus vídeos curtos, que a Meta não consegue “imitar”. “Estamos vivendo um nível de competição sem precedentes”, disse Mark Zuckerberg. Efeito colateral: Eduardo Saverin, um dos cofundadores do Facebook, perdeu o posto de brasileiro mais rico do mundo, com fortuna indo para US$ 14,5 bilhões, atrás de Jorge Paulo Lemann, com US$ 16 bilhões.
(Nota publicada na edição 1260 da Revista Dinheiro)