26/03/2014 - 5:04
O Facebook anunciou na tarde de terça-feira, 25, a aquisição da startup Oculus VR por US$ 2 bilhões. A empresa é fabricante do Oculus Rift, um óculos de realidade virtual que tem modificado a maneira como os games poderão ser desenvolvidos no futuro. A negociação envolve US$ 400 milhões em dinheiro e 23,1 milhões de ações (avaliadas em US$ 1,6 bilhão, considerando o preço médio de US$ 69,35 por ação dos últimos dias). Principal produto da empresa, o Oculus Rift ainda não chegou ao mercado, mas já tem mais de 75 mil unidades encomendadas por consumidores finais. O produto é descrito por analistas como capaz de promover uma experiência imersiva em mundos virtuais de jogos eletrônicos. Mas por que uma rede social gostaria de ser dona de um produto como esses? “Imagine como seria se sentar na primeira fila de um jogo de basquete, estar numa sala de aula com estudantes e professores do mundo todo ou participar de uma consulta médica apenas utilizando um aparelho desses em sua casa. É isso o que queremos com a Oculus VR”, postou Mark Zuckerberg em seu perfil no Facebook falando sobre a aquisição. Ficção científica “O mobile é a plataforma dos dias de hoje, mas precisamos pensar nas plataformas de amanhã”, acrescentou o criador da rede social, dizendo ainda que a realidade virtual pode parecer “coisa de ficção científica” aos olhos de hoje. “Mas a internet também já foi assim. Assim como também foram os computadores e smartphones um dia”, disse Zuckerberg. Já Brendan Iribe, presidente da Oculus VR, enfatizou que a negociação poderá ajudar a “criar a melhor plataforma de realidade virtual do mundo”, enfatizando que a tecnologia permite ao mundo “experimentar o impossível”. De acordo com o comunicado distribuído à imprensa pelo Facebook ontem a Oculus continuará trabalhando em suas instalações na Califórnia e continuará com o desenvolvimento dos Oculus Rift. A operação de compra tem previsão para ser concluída no segundo trimestre de 2014. Bilhões Não é a primeira vez que Mark Zuckerberg abre os cofres para adquirir outras empresas. Em fevereiro, o Facebook desembolsou US$ 19 bilhões pelo WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas utilizado por mais de 460 milhões de pessoas ao redor do mundo todos os meses. Antes disso, a maior compra realizada pela empresa havia sido a do Instagram, rede social de compartilhamento de fotos, adquirida em abril de 2012 por US$ 1 bilhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.