13/02/2018 - 15:30
O Facebook vai começar a testar, no dia 1º de março, um sistema para que empresas jornalísticas possam cobrar por conteúdo dentro de sua rede social. A partir do mês que vem, os veículos de imprensa interessados poderão estabelecer um paywall – espécie de bloqueio que vai limitar o acesso dos usuários a um determinado número de notícias por mês, a menos que o usuário pague uma assinatura.
Testes semelhantes estão sendo feitos pela empresa desde outubro em seu aplicativo para o sistema operacional Android. A demora para o iOS – conhecido por ser um sistema operacional com usuários que costumam gastar mais em aplicativos e serviços de assinatura – se deveu a problemas nas negociações com a Apple. Por enquanto, os testes estão sendo feitos nos Estados Unidos apenas.
Segundo a diretora de parcerias com mídia do Facebook, Campbell Brown, as empresas jornalísticas poderão oferecer entre 5 e 10 notícias gratuitas por mês.
Além disso, de acordo com o site americano TechCrunch, as empresas jornalísticas ficarão com 100% da receita obtida com as assinaturas feitas por meio da rede social – isto é, o Facebook não vai cobrar pelo serviço, como já acontece no Android, a despeito da cobrança usual de 30% da Apple e do Google por assinaturas que passam por suas lojas de aplicativos. Segundo o Facebook, a empresa não está pagando nada aos donos dos sistemas iOS e Android pela vantagem “competitiva”.
Vídeos. Outra novidade anunciada pela diretora de parcerias com mídia do Facebook Campbell Brown é a de uma nova aba na sessão de vídeos do Facebook, a Watch. Segundo ela, haverá um espaço específico para vídeos jornalísticos na seção – que poderá ser usado por veículos de mídia para publicar notícias urgentes.
Brown também comentou a recente declaração do magnata de mídia Rupert Murdoch, que disse que a empresa deveria pagar pelas notícias expostas na rede aos veículos de imprensa que as publicaram. “Nunca diga nunca”, brincou Campbell, com a ressalva de que seu trabalho é levar notícias corretas ao Facebook – e não o de fazer todas as editoras felizes.