A Polícia Civil do Paraná está investigando a causa do acidente no domingo que matou nove pessoas na BR-376, em Guaratuba, incluindo sete atletas adolescentes do Projeto Remar para o Futuro. Também morreram o treinador da equipe e o motorista da van, atingida por uma carreta.

Entre as hipóteses levantadas inicialmente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) está a de falha nos freios da carreta. O motorista do caminhão, de 30 anos, deve ser indiciado por homicídio culposo (não intencional). A defesa dele não foi encontrada pela reportagem.

A colisão, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Paraná, foi registrada por volta das 21h40 de domingo, no sentido sul, no km 665. O veículo saiu de São Paulo com destino a Pelotas, no Rio Grande do Sul, em viagem fretada. Os jovens haviam participado do Campeonato Brasileiro Unificado, disputado na raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

Conforme a PRF, a carreta, dirigida por um homem de 30 anos, que se feriu levemente, teria perdido os freios, colidindo na traseira da van. O veículo foi projetado à frente, batendo na traseira do automóvel conduzido por um homem que estava sozinho e não se feriu. Em seguida, no entanto, a van rodou e a carreta a arrastou para fora da pista, tombando sobre o veículo que levava os atletas.

A Força Aérea Brasileira (FAB) ficou responsável pelo transporte das urnas funerárias das vítimas do acidente. De acordo com a prefeitura de Pelotas, o velório será coletivo no Clube Centro Português 1.º de Dezembro e deveria ter início ainda ontem e prosseguir hoje.

DOR

Mas as famílias já vivem o luto. “Eu ainda não consigo acreditar, mas tenho a sensação de que você vai voltar, voltar bem, com luz e com felicidade. Meu campeão conseguiu o primeiro ouro no esporte”, escreveu a jovem Brenda Freitas, de 18 anos, namorada do atleta de remo Henry da Fontoura Guimarães, de 15 anos, uma das nove vítimas.

Brenda publicou em sua página no Instagram um relato apaixonado, em que diz que Henry “foi e sempre será” o amor da sua vida. “Meu primeiro namorado”, escreveu a jovem. “Uma das pessoas mais fortes que conheci, passava por coisas horríveis e guardava tudo para si, mas sempre com um sorriso no rosto e agitando todo mundo.”

Ainda no domingo, uma publicação feita por meio da academia de remo Tissot destacou a participação dos atletas na competição na USP, com medalhas conquistadas, assim como uma mensagem de agradecimento a todos que participaram desta jornada.

“Um cenário de incertezas com uma única convicção: nossos jovens estavam prontos para esse grande desafio. A gratidão é imensa a todos que fazem parte da nossa família e contribuem nesse processo duro, que não mede esforços para vencer as adversidades para fazer esporte de base no nosso projeto.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.