07/01/2021 - 21:43
Teorias de conspiração e desinformação sobre a vacina contra o coronavírus ainda estão se espalhando no Facebook e Instagram, mais de um mês depois que o Facebook prometeu que iria derrubá-los.
Sob pressão para conter uma avalanche de falsidades, o Facebook anunciou no dia 3 de dezembro que iria proibir as alegações desmentidas sobre a segurança e eficácia das vacinas que agora estão sendo distribuídas em todo o mundo.
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A empresa disse que removeu mais de 12 milhões de peças de conteúdo do Facebook e Instagram entre março e outubro, e que trabalhou com verificadores de fatos para colocar rótulos em mais 167 milhões de peças de conteúdo no mesmo período.
Mas os pesquisadores dizem que grandes contas do Facebook, algumas com mais de meio milhão de seguidores e longa história de promoção de falsidades, ainda estão produzindo abertamente novos posts questionando a vacina. Enquanto isso, antivacinas que foram banidos do Facebook continuam a espalhar desinformação para centenas de milhares de pessoas no Instagram, de propriedade do Facebook.
De acordo com o The Guardian, a rede social diz que limitou o alcance de algumas páginas anti-vacina do Facebook, e que poucas pessoas estão vendo algumas das informações incorretas mais recentes sobre o coronavírus. Mas especialistas em desinformação dizem que as ações da plataforma são poucas e tardias.
Mesmo antes da pandemia do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde rotulou a “hesitação da vacina” – a relutância em obter vacinas mesmo quando elas estão disponíveis – como uma das 10 principais ameaças à saúde global.
Os especialistas dizem que o ano passado trouxe uma escalada preocupante de um movimento antivacinas que já floresceu nas redes sociais. As principais contas antivacinas em plataformas de mídia social ganharam mais de 10 milhões de novos seguidores desde 2019, incluindo 4 milhões de seguidores adicionais no Instagram e 1 milhão no Facebook, de acordo com uma análise do Center for Countering Digital Hate, que acompanhou o rápido crescimento do movimento antivacinas durante a pandemia.
Desde que as vacinas começaram a ser distribuídas, houve alguns casos de receptores com reações alérgicas à vacina, mas esses incidentes não foram graves. Todas as reações adversas potenciais às vacinas estão sendo monitoradas de perto, como parte de um protocolo intenso e contínuo para garantir que novas vacinas sejam seguras.