A falta de exercícios físicos pode acarretar problemas de saúde, entre eles doenças como diabetes tipo 2, pressão alta e demência. E se não houver medidas urgentes de incentivo à prática das atividades físicas por parte dos governos, quase 500 milhões de novos casos de enfermidades como diabetes, câncer e derrame ocorrerão em todo o planeta até 2030

É o que aponta relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que também alerta para o custo elevado caso não se consiga que as pessoas se movimentem mais, valor que chaga a aproximadamente US$ 27 bilhões anuais.

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De acordo com o relatório, “existem poucas áreas na saúde pública onde as evidências sobre a ação necessária são tão convincentes, econômicas e práticas”, e informa ainda que “o exercício regular reduz o risco de morte prematura em 20% a 30%”. Entretanto, acrescenta, que apesar dos claros benefícios, a implementação de políticas destinadas a incentivar mais exercícios tem sido “lenta e desigual”, resultando em “pouco progresso”.

Ainda segundo o relatório, “uma consequência dessa ‘inação’ é que os sistemas de saúde estão sobrecarregados com doenças evitáveis ​​hoje e ainda mais no futuro, e as comunidades não conseguem usar os benefícios sociais, ambientais e econômicos mais amplos associados a mais pessoas sendo mais ativas”.

Na previsão da OMS, caso a situação permaneça, até 2030 haverá 499.208 milhões de novos casos de doenças não transmissíveis evitáveis (DNTs) e condições de saúde mental como diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral, demência, depressão e alguns tipos de câncer. Mais de 40% deles ocorrerão em países de renda média baixa, como Quênia, Índia e Bangladesh.

Caso as pessoas fossem mais adeptas das práticas saudáveis, como as atividades físicas, a OMS enxerga que cerca de 7% a 8% de todos os casos de doenças cardiovasculares, depressão e demência poderiam ser evitados.