Pegou mal entre fornecedores de equipamentos o cancelamento do leilão de energia de reserva, que aconteceria no dia 15 de dezembro, a apenas cinco dias do pleito. Segundo Rafael Santana, presidente da americana GE na América Latina, esse tipo de ação do governo torna mais difícil convencer investidores a colocarem dinheiro no País. O leilão era voltado para a contratação de energia eólica e fotovoltaica. O governo deu como justificativa para o cancelamento projeções mais baixas de crescimento da demanda. “É preciso ter previsibilidade”, diz Santana. A GE tinha alinhado com investidores internacionais a participação na licitação. Segundo o executivo, medidas extremas como essa podem quebrar a cadeia de energia eólica no Brasil. 

(Nota publicada na Edição 999 da Revista Dinheiro)