01/07/2025 - 12:40
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reclamou nesta terça-feira, 1º, da taxa básica de juros, dizendo que não consegue “compreender” o patamar atual da Selic.
“Com todo o respeito ao Galípolo e à equipe do Banco Central, não consigo compreender. Temos inflação controlada, gastos públicos controlados, crescimento da economia, renda da população crescendo, desemprego caindo e uma Selic de 15%”, disse o ministro durante seu discurso na cerimônia de lançamento do Plano Safra para a agricultura empresarial.
Segundo Fávaro, a Selic nos valores atuais de 15% “pressiona o funding de recursos para crédito rural” e faz com que a “poupança rural não seja mais atrativa”.
“Tínhamos uma Selic de 10,5% ao ano e hoje está em 15%. São 4,5 pontos porcentuais a mais que no Plano Safra do ano passado. E ainda assim, com todas essas dificuldades, o aumento da taxa de juros foram de 1,5 pontos porcentuais a 2 pontos porcentuais (abaixo da Selic). O governo absorveu o aumento da Selic com a equalização”, declarou, reforçando que, ainda com o que chamou de “desafios da Selic”, o governo entregou um plano com valores recordes.
Fávaro reforçou que este é o terceiro Plano Safra seguido com valores recordes – isso já havia acontecido em 2023 e em 2024 – e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse ter achado “difícil” repetir um plano com valores recordes, mas reforçou a participação do presidente na discussão.
“Não tenho vocação para puxar saco, mas é importante dizer do esforço da equipe do ministro Fernando Haddad, a Casa Civil, o ministro Rui Costa, Paulo Teixeira (ministro do Desenvolvimento Agrário) e sua equipe. Mas foi fundamental, de novo, pelo terceiro ano, presidente, sua posição. O senhor que determinou o esforço orçamentário para que a gente pudesse chegar ao dia de hoje com esse plano tão impactante”, afirmou.