O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou nesta sexta-feira, 5, que o Plano Safra 2024/25, lançado na quarta-feira, 3, pelo governo federal, tem 40% mais recursos comparados ao Plano Safra 2022/23, elaborado ainda sob a gestão do governo de Jair Bolsonaro. Para a safra 2024/25, que se iniciou em 1º de julho, o Ministério da Agricultura destinou R$ 400,59 bilhões para a agricultura empresarial, 10% mais do que a safra anterior, cuja política já havia sido estipulada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em discurso durante cerimônia de entrega de máquinas agrícolas na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre (RS), Fávaro citou também que os recursos para equalização de juros pelo Tesouro Nacional serão 32% maiores do que na safra 2022/23, ainda sob Bolsonaro, e 19,8% maiores do que a safra 2023/24.

“Teremos 40% mais recursos em um cenário de custos 23% mais baixos, conforme cálculos ponderados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)”, comemorou o ministro. “Com 40% mais recursos e 23% menos custos, certamente teremos um Plano Safra 63% mais eficiente e abrangente, com maior cobertura e mais disponibilidade de recursos aos produtores.”

Em relação às instituições financeiras que poderão operar as linhas do Plano Safra 2024/25, Fávaro disse que, de um total de 21 no ano passado, este ano 25 vão trabalhar com o crédito rural subsidiado, “para que o produtor tenha mais opções e competitividade”, disse o ministro.

O titular da Agricultura lamentou não ter conseguido “a amplitude desejada” nos recursos para o seguro rural no Plano Safra 2024/25. “Mas, em um momento de escolha (de distribuição dos recursos), a prioridade tem de ser o Rio Grande do Sul, que é o Estado que mais precisa.” Fávaro lembrou que, no ano-safra passado, foram destinados ao Estado R$ 134,4 milhões para subvenção ao prêmio do seguro rural, em recursos ordinários. Este ano, este valor subiu 17%, para R$ 157,4 milhões. Em relação aos recursos extraordinários, o montante subiu 174%, para R$ 210,9 milhões. “Isso permitirá que o Rio Grande do Sul tenha, neste ano-safra, R$ 368,8 milhões só para o seguro rural.”

O ministro disse ainda que o número de produtores gaúchos que devem contratar a subvenção ao prêmio do seguro rural este ano suba para 26 mil, de 12 mil na safra passada, ou 117% mais. Já a área de abrangência coberta pelo seguro rural no Rio Grande do Sul deve saltar de 669 mil hectares em 2023/24 para 1,2 milhão de hectares. Quanto ao total assegurado, Fávaro citou que passará de R$ 5,5 bilhões em 2023/24 para R$ 11 bilhões em 2024/25 no RS.

Os porcentuais de subvenção ao prêmio do seguro rural no Rio Grande do Sul também foram aumentados, disse Fávaro. Para a soja, por exemplo, em municípios em situação de calamidade pública, a subvenção sairá de 20% para 40%. Para as demais culturas, de 40% para 60%. “Nos municípios gaúchos em estado de emergência, a subvenção para o prêmio do seguro rural da soja sairá de 20% para 30%”, continuou o ministro. “Para as demais culturas, de 40% para 50%”, descreveu. “Esta é uma forma de dar um mínimo de segurança às famílias produtoras”, finalizou.