O Ministério da Fazenda diminuiu a sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, de 4,9% para 4,8% – ainda acima do teto da meta, de 4,5%. A estimativa para 2026 se manteve em 3,6%, abaixo do limite superior do alvo, que também é de 4,5%.

As informações foram divulgadas no Boletim Macrofiscal, publicado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta quinta-feira, 11.

A SPE disse que a perspectiva de menor inflação no corrente ano “reflete efeitos defasados do real mais apreciado; a menor inflação no atacado agropecuário e industrial; e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo do aumento nas tarifas comerciais”. Essa estimativa também considera a adoção da bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro.

Para 2026, com a projeção para a inflação medida pelo IPCA mantida em 3,6%, a secretaria disse que o índice estará “convergindo para o centro da meta de 2027 em diante”.

Para o INPC de 2025, a projeção ficou estável em 4,7%. Para 2026, a inflação esperada para o índice se manteve em 3,3%, convergindo para cerca de 3,0% ao ano nos anos posteriores.

A estimativa para a inflação acumulada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) este ano caiu de 4,6% para 2,6%. A Pasta afirmou que, além das surpresas baixistas para as variações do IGP-DI em julho e agosto, a apreciação recente do real e a expectativa de menor inflação ao consumidor no ano contribuíram para a redução na projeção do índice neste ano.