30/05/2025 - 11:37
Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 foi ‘levemente inferior à projeção’ da instituição.
+Turbinado pela agropecuária, PIB do Brasil avança 1,4% no 1º trimestre
A secretaria, chefiada por Guilherme Mello, avalia que ‘a partir do segundo trimestre de 2025, a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deverá se tornar negativa’
“Para a segunda metade do ano, a perspectiva é de que o ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade na margem, repercutindo os efeitos contracionistas da política monetária. Mesmo com o resultado levemente abaixo do esperado para o crescimento no primeiro trimestre, a SPE segue projetando alta de 2,4% para o PIB de 2025, considerando a resiliência que vem sendo observada tanto no mercado de trabalho como de crédito”, diz o parecer da SPE.
Os especialistas da instituição ainda frisam que, dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do primeiro trimestre, o Brasil ocupou a primeira posição na margem, além da terceira posição na comparação interanual e no acumulado em quatro trimestres.
Sobre a leitura do indicador de crescimento econômico, a SPE avaliou que ‘surpreendeu o menor crescimento do PIB de serviços’, principalmente por conta das variações inferiores às projetadas para serviços de informação, imobiliários e prestados às famílias.
“As variações observadas para o PIB da agropecuária e da indústria também foram pouco inferiores às projetadas. Para a indústria, foi surpresa a maior queda na produção da transformação e o recuo da construção. Pela ótica da demanda, a absorção doméstica seguiu contribuindo positivamente para o crescimento, mais que compensando a contribuição negativa vinda do setor externo.”
Turbinado pela agropecuária, PIB do Brasil avança 1,4% no 1º trimestre
Impulsionado pelo agronegócio, o PIB do Brasil cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025, na comparação com os últimos três meses de 2024, divulgou nesta sexta-feira, 30, o IBGE. Em valores correntes, forem gerados R$ 3 trilhões. O resultado ficou em linha com a expectativa dos analistas.
Frente ao primeiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 2,9%. No acumulado em 12 meses, o indicador registrou expansão de 3,5%.
“As altas na Agropecuária (12,2%) e nos Serviços (0,3%) contribuíram para o crescimento. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade”, informou o IBGE.
O resultado da economia brasileira nos 3 primeiros meses do ano representa uma forte aceleração frente ao 4º trimestre de 2024, quando o PIB cresceu apenas 0,1%, segundo dados revisados. A expansão também foi a maior registrada no país desde o segundo trimestre do ano passado (1,5%).