04/09/2024 - 7:07
Com o forte avanço do PIB no segundo trimestre, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda informou nesta terça, 3, que deve aumentar sua projeção para o ritmo de crescimento da economia no ano de 2,5% para um nível próximo dos 2,9% registrados em 2023. “Prospectivamente, o ritmo de crescimento deve seguir acentuado, ainda guiado por impulsos vindos do mercado de trabalho aquecido e pelas melhores condições de crédito a famílias e empresas comparativamente ao ano anterior”, afirmou a SPE, em nota.
O PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, mais do que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,9%, e a projeção da própria secretaria, de 1,1%. Esse resultado vai representar um carrego estatístico positivo de 2,5% – ou seja, significa que o PIB de 2024 crescerá 2,5% mesmo que fique estável nesta segunda metade do ano.
Segundo a SPE, os números indicam que os setores mais sensíveis ao ciclo de política monetária e crédito devem continuar direcionando o crescimento da economia, compensando parcialmente as expectativas de queda do PIB agropecuário, de desaceleração da produção extrativa e a menor contribuição do setor externo.
Selic
Questionado sobre as avaliações de que o forte crescimento do PIB no segundo trimestre pode aumentar a pressão sobre o Banco Central na definição da taxa básica de juros, o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, ressaltou o esforço feito para, segundo ele, dar credibilidade ao equilíbrio fiscal.
“É importante que a credibilidade fiscal e o equilíbrio fiscal que a gente tem buscado com tanta ênfase no Ministério da Fazenda deem condições para que o BC tome sua decisão, respeitada sua competência, observando a consolidação e o avanço fiscal do País”, disse Durigan, em entrevista à CNN Brasil.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir neste mês, e cresce a expectativa no mercado de que o colegiado aprovará alta entre 0,25 e 0,5 ponto porcentual para a Selic – que está hoje em 10,5% ao ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.