Uma pesquisa publicada pela Revista Nature mostrou que atividades físicas durante a rotina diária podem prolongar a vida das pessoas. O estudo afirma que de 3 a 4 sessões de 1 minuto em atividades puxadas, como caminhada ou corrida, ajudam a evitar doenças cardiovasculares, além de reduzir a mortalidade por câncer e prolongar a vida.

Chamada de “atividade física de estilo de vida intermitente vigorosa” (VILPA, da tradução direta do inglês), a rotina de exercícios pode ser incorporada em situações cotidianas, como a tradicional caminhada para ir ao trabalho. 

+Sucessor do McDonald’s na Rússia substitui Big Mac por ‘Big Hit’

A frequência VILPA mediana de 3 sessões padronizadas por dia (com duração de 1 ou 2 minutos cada) mostraram uma redução de 38% a 40% em todas as causas de câncer e uma redução de 48% a 49% no risco de mortalidade por doenças cardiovasculares, mostrou o estudo, liderado pelo Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, na Austrália.

Para a maioria dos adultos, o método pode ser mais viável do que o exercício estruturado em academias, por exemplo, pois requer um compromisso mínimo de tempo e não envolve preparação específica, equipamento ou acesso a instalações.  

“Muitas atividades comuns da vida diária provavelmente provocam esforços de intensidade relativamente vigorosa em adultos fisicamente inativos com condicionamento físico ruim que não se exercitam habitualmente, que é a maioria demográfica em muitos países”, argumenta o estudo. 

Embora reduções de risco de mortalidade mais acentuadas tenham ocorrido entre os pacientes avaliados, o estudo da Austrália mostrou ganhos contínuos com quantidades maiores de maneira quase linear. “Indivíduos que consideram o exercício estruturado desagradável ou inviável podem considerar explorar oportunidades para introduzir episódios breves, mas regulares em suas rotinas diárias”, revela a pesquisa.

A abordagem mostra que o método gera “micropadrões” de atividade física para prevenir mortalidade prematura, doenças do coração e câncer em populações que não desejam e/ou não são capazes de se envolver em atividades estruturadas exercício durante o tempo de lazer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, um em cada dois adultos não pratica atividades físicas regularmente. No total, 47% da população está abaixo da média de exercícios recomendada. O número é maior entre as mulheres: 53,3% das relacionadas no levantamento não tem rotina de exercícios.