Com abertura de 8 mil vagas de trabalho formais, o varejo foi a divisão do comércio paulista que mais empregou no Estado de São Paulo no mês de julho, levando em conta o saldo entre admissões e desligamentos no período. É o que mostra dados elaborados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas tabelas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O mesmo varejo, porém, ainda registra desempenho negativo no acumulado do ano, com 4,3 mil postos de trabalho fechados em comparação aos abertos.

“Na verdade, nesse recorte temporal, o destaque positivo ficou por conta dos atacadistas, que já geraram 10,8 mil empregos no ano”, afirmam os técnicos da FecomercioSP.

Na capital do Estado, os dados também são positivos. Em julho, o setor contratou 34.665 pessoas e desligou 31.405, resultando em um saldo azul de 3.260 novos empregos. No acumulado do ano, são 5,7 mil vagas a mais no comércio paulistano, com a grande maioria (4,3 mil) na divisão atacadista.

Saúde e Alimentos estimulam Serviços

Ainda, segundo o levantamento da FecomercioSP, no mês de julho, as empresas dos serviços de saúde foram as que mais criaram vagas no Estado de São Paulo. Foram 4 mil vagas abertas. Em seguida vieram aquelas que atuam com alojamento e alimentação (de hotéis a restaurantes), que criaram 3,9 mil postos de trabalho.

Dos 14 grupos de atividades analisadas pela FecomercioSP, dez terminaram o mês com saldo positivo. Destaque, ainda, para os negócios que se dedicam a serviços técnicos e profissionais (1,7 mil vagas) e transporte e armazenagem (3,1 mil).

De outro lado, empresas de serviços administrativos fecharam 2,4 mil postos. No acumulado do ano, por sua vez, apenas duas atividades perderam mais trabalhadores do que contrataram: as de comunicação e informação, que fecharam 3,7 mil empregos e as financeiras, com a perda de 1 mil postos.

Na contramão dessa situação, empresas de transporte e armazenagem abriram mais de 33 mil novas vagas, de janeiro a julho, enquanto as de saúde criaram 24,7 mil e as de educação – como colégios e escolas de idiomas – geraram 28,7 mil.

Na capital paulista, onde, atualmente, mais de 3 milhões de empregos celetistas ativos estão no setor de serviços, foram criadas quase 3,1 mil vagas, em julho. No ano, esse número é de 47 mil.