O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, decidiu pelo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do país, que fica agora no intervalo de 4% a 4,25%. Este é o primeiro corte nos juros em nove meses.

+ Milhares protestam em Londres contra visita de Trump

A decisão não foi unânime. Um dos diretores do Fomc (Federal Open Market Committee), o equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, votou pelo corte de 0,50 ponto percentual.

Logo após a decisão do Fed, o Ibovespa intensificou a alta e atingiu o patamar recorde de 146 mil pontos. Já o dólar caiu um pouco mais e passou a ser operado a R$ 5,28.

Corte

O comunicado do Fomc diz que a atividade econômica do país teve um arrefecimento, assim como desacelerou a criação de empregos, com a taxa de desempregos subindo ligeiramente. A inflação, contudo, aumentou e permanece um tanto elevada, destaca o comitê. A meta de inflação dos EUA é de 2%.

“O Comitê está firmemente comprometido em apoiar o máximo de emprego e em retornar a inflação para sua meta de 2%.”

O comunicado reforça ainda que continuará a monitorar as informações sobre as perspectivas econômicas e que se prepara para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado, “se surgirem riscos que possam impedir a realização dos objetivos do Comitê”.

Entre as informações consideradas pelo Fomc estão dados sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

Para Thiago Calestine, economista e sócio da Dom Investimentos, é esperado, até o final do ano, mais dois cortes. “E cada queda individual de 25 pontos-base na taxa de juros. Basicamente isso vai acontecer pelos mesmos motivos da primeira queda”.