O Federal Reserve (Fed, banco central americano) considera que não será “apropriado” reduzir as taxas de juros este ano, com uma inflação que permanece alta, segundo trechos das atas de sua última reunião, publicados nesta quarta-feira (4).

“Nenhum participante (do encontro) antecipa que possa ser apropriado começar a reduzir as taxas de juros em 2023”, apontaram estes documentos, divulgados semanas depois de o Fed elevar suas taxas básicas de juros em meio ponto percentual para a faixa de 4,25% a 4,50%.

Os juros nos Estados Unidos estão em seu nível mais alto desde 2007, com uma inflação que é, por sua vez, a mais elevada em 40 anos.

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Os principais dirigentes da autoridade monetária americana antecipam “aumentos contínuos” dos juros, que serão “apropriados para alcançar as metas” da inflação, de 2% ao ano, um nível considerado sadio para a economia.

Assim, mostraram-se afins à manutenção de “uma política restritiva” dos juros até que a inflação se situe em uma trajetória descendente “sustentada”, o que “levará certo tempo”.

Alguns dirigentes da entidade lembraram que a história mostra o risco de uma “flexibilização prematura da política monetária”.

De qualquer forma, o Fed moderou o aumento das taxas em dezembro a meio ponto percentual, depois de várias altas de três quartos de ponto percentual.

Vários participantes do encontro enfatizaram que é necessário “comunicar claramente” que uma moderação nos aumentos das taxas de juros não é um sinal de enfraquecimento da vontade de lutar contra a inflação.