O Federal Reserve (Fed), banco central americano, cortou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.).

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Com esse corte de juros – o terceiro consecutivo pelo Fed – a taxa fica em uma banda de 4,25% a 4,5% ao ano.

A autoridade monetária dos EUA decidiu pelo corte ainda que a inflação, mensurada pelo CPI, tenha aumentado nas últimas duas leituras, chegando a 2,7% no anualizado.

“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm melhorado em geral, e a taxa de desemprego aumentou, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção à meta de 2%, mas continua um pouco elevada”, disse o comitê de política monetária, em comunicado.

Na avaliação dos diretores, os riscos para o atingimento das metas de emprego e inflação estão ‘moderadamente equilibrados’.

“A perspectiva econômica é incerta, e o Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo. Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais à faixa-alvo para os Fed Funds, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos. O Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e títulos lastreados em dívidas de agências e hipotecas de agências”.

No comunicado ainda consta que o comitê de política monetária (FOMC, na sigla em inglês), ‘continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica’.

“O Comitê estará preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a obtenção da meta de inflação. As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”.

Fed ainda persegue o soft landing

Essa foi a última reunião neste ano e a última do governo Biden, mas não a última de Jerome Powell. Isso porque o republicano eleito, Donald Trump, já sinalizou que deve optar pela manutenção do presidente da BC americano, que já ocupa a cadeira há cerca de seis anos.

O chair do Fed ainda se mantém no desafio de realizar o chamado soft landing (pouso suave, em tradução literal) – terminar o ciclo de corte de juros mantendo a economia aquecida, o pleno emprego, e sem causar descontrole da inflação.