Já não basta aparecer, é preciso bater tambores. As festas de divulgação de empresas e lançamentos de produtos transformaram-se num tremendo negócio. São eventos de arromba. Não fazê-los é ficar para trás. A francesa Cartier levou esse mantra ao pé da letra. A empresa realizou em pleno Aeroporto Santos Dumont, no Rio, um monumental rega-bofe. Pela primeira vez na história a Aeronáutica emprestou um hangar para comes e bebes e gente bonita. A Cartier celebrava os 100 anos do relógio Santos. Gastou R$ 800 mil para tingir o aeroporto em tons de vermelho. ?O belo não tem preço?, disse à DINHEIRO Bernard Fornas, presidente mundial da Cartier. A aposta em iniciativas desse gênero tem amparo em estudos de marcas. ?A força de uma superfesta é quase sempre maior que de um comercial na televisão?, diz José Victor Oliva, sócio do Banco de Eventos.

Vale quase tudo. A agência de publicidade F/Nazca fechou a Oca, no parque do Ibirapuera, em São Paulo, para festejar seus 10 anos com show de Ed Motta. Os convivas circulavam entre as telas de Picasso. A Nokia pôs 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo para ouvir o astro da música eletrônica Fatboy Slim. A Vivo instalou uma tela gigantesca no Jockey Clube de São Paulo. Foi espetacular, é claro. Mas não basta.
?O ideal é criar os chamados eventos proprietários, como esse da Vivo, que ocorrem todos os anos?, diz Oliva. Ano que vem tem mais. ?São eventos que criam uma intensa identidade com o público?, diz Oliva. Prepare-se, porque você ainda estará em um deles.