Os Barômetros Econômicos Globais Antecedente e Coincidente cresceram no mês de outubro, sinalizando uma manutenção da tendência de crescimento moderado da economia mundial, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 10.

“Os Barômetros Globais voltam a subir em outubro, revertendo a queda observada no mês anterior. O Barômetro Coincidente segue sinalizando um ritmo de crescimento global abaixo do padrão histórico, enquanto o Antecedente sugere continuidade da fase de crescimento moderado para os próximos meses”, apontou a FGV.

O Barômetro Econômico Global Coincidente aumentou 2,1 pontos em outubro, para 93,8 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente avançou 1,9 ponto, para 102,5 pontos.

“A estabilização dos Barômetros Globais em faixas estreitas de variação desde abril reflete um crescimento moderado da economia mundial, marcado por uma forte heterogeneidade no desempenho entre os países”, avaliou Aloisio Campelo Junior, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.

“Nos Estados Unidos, a política monetária passa por uma fase de lenta flexibilização, com a desaceleração econômica possivelmente se estendendo por mais tempo do que o previsto. Na Europa, espera-se uma aceleração ao longo dos próximos meses, enquanto a região da Ásia-Pacífico deve manter seu crescimento acima da média global, embora a China permaneça como um fator de incerteza. Entre os riscos visíveis, a possível expansão do conflito no Oriente Médio para outros países da região pode pressionar a inflação neste momento de convergência das taxas aos níveis pré-pandemia”, completou Campelo Junior.

Em outubro, o avanço de ambos os barômetros foi determinado, sobretudo, pelos resultados da região da Ásia, Pacífico & África.

No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico & África deu uma contribuição positiva de 2,2 pontos, enquanto o Hemisfério Ocidental impactou negativamente em 0,1 ponto, e a Europa ficou estável.

No Barômetro Global Antecedente, a região da Ásia, Pacífico & África contribui positivamente com 1,7 ponto, o Hemisfério Ocidental impactou positivamente em 0,4 ponto, e a Europa teve contribuição negativa de 0,2 ponto.